A primeira transmissão telefónica com sucesso foi feita por Alexander Graham Bell em 1876. Ele e Thomas Edisson disputaram a corrida que levou à invenção do primeiro telefone.
Logo, em 1877, entrou em operação a primeira linha telefónica comercial.
O telemóvel apareceu apenas quase 100 anos depois do primeiro telefone, acrescentando a mobilidade ao objetivo inicial de falar à distância.
O primeiro telemóvel, analógico, apareceu em 1960. Era grande demais para ser transportado pessoalmente, pelo que tinha que ser instalado em veículos.
Em 1973 apareceu o primeiro telemóvel de mão (analógico).
Apenas em 1977 apareceram as primeiras redes celulares digitais.
Atualmente, os dispositivos móveis, incluindo a maior parte dos telemóveis, dispõe de capacidade de processamento, tendo adicionado o objetivo de computação móvel aos anteriores objetivos de comunicação à distância e de mobilidade.
Atualmente, numa confluência de diversas linhas e diferentes objetivos de investigação, temos telefones IP (VoIP), redes celulares de comutação de pacotes (3G, 4G), dispositivos móveis de diversos tamanhos, fabricantes, e com diferentes sistemas operativos, incorporando sensores, GPS, bússolas eletrónicas, acelerómetro, etc.
O número de subscrições de redes móveis passou de pouco mais de 1000 milhões em 2002, para quase 5000 milhões em 2008.
Temos atualmente 6,8 mil milhões de pessoas no mundo, e mais de 5 mil milhões de assinaturas de redes móveis, 50% dos quais pré-pagos.
Só no 2º trimestre de 2010, o número de smartphones (telemóveis com capacidade de computação) vendidos no mundo foi de 61,7 milhões.
Um estudo da IDC (International Data Corp) prevê que em 2015 o número de acessos à Internet através de redes móveis deverá ser superior ao número de acessos artavés de cabo ou redes locais, nos EUA.
O cenário na Europa ocidental e no Japão deverá ser semelhante.
Globalmente, a publicidade online deverá duplicar entre 2010 e 2015. A "fatia" de publicidade online relativamente a todos os media passará de 12% para 18% no mesmo período.
A figura seguinte apresenta a distribuição de dispositivos móveis no mundo.
Os sistemas operativos mais conhecidos, para dispositivos móveis com capacidade de computação (smartphones, PDAs ou tablets) são:
- Android
- iOS
- Windows Phone 7 / Windows 8
- Blackberry OS
- Symbian / Meego / Tizen
As linguagens de programação mais usadas, nesses sistemas operativos (SO), são:
- Android (Java)
- iOS (objective-C)
- Windows Phone... /XAML/Silverlight, C#, VB.Net)
- Blackberry OS (Java, C/C++, HTML5, ...)
- Symbian (C/C++)
- e, em qualquer SO, Java ME
Quando desenvolvemos software para dispositivos móveis, é necessário "pensar pequeno", no sentido em que não temos o espaço de ecrã de um sistema de secretária, nem a sua capacidade de processamento ou armazenamento de informação. Nos dispositivos móveis há menos features, menor velocidade de processamento e menos memória do que nos computadores de secretária ou laptops. A comunicação é também, tipicamente, mais cara, pois tende a ser feita através de redes móveis.
A Web móvel chega já a 3,4 mil milhões de pessoas (cerca de metade da população mundial).
O mercado "mobile" é mais do que a venda de apps. Só em 2010, o mercado de publicidade em dispositivos móveis rendeu 11,5 mil milhões de dólares (cerca de 8,7 mil milhões de euros).
As features dos dispositivos móveis, como por exemplo o GPS, associadas à capacidade de processamento , permitem novos tipos de aplicações.
Por exemplo, serviços baseados na localização (LBS, Location Based Services).
Este tipo de serviço (LBS) pode ser "pulled" (puxado) pelo cliente - é o cliente que ativamente procura e usa o serviço -, ou pode ser "pushed" (empurrado) pelo fornecedor - é o fornecedor que oferece informação...
Tal como com os computadores pessoais, servidores, ou outras máquinas de maior porte, também para os dispositivos móveis podemos considerar diferentes níveis de software:
- nível aplicacional
- nível de software de comunicação ou middleware
- software de baixo nível (kernel do sistema operativo, device drivers, etc.)
(por ex.: apps nativas para o dispositivo têm todo o suporte do dispositivo; são normalmente complexas; têm excelente usabilidade; podem ser desenvolvidas em diferentes linguagens de programação, dependendo do sistema operativo; e, se estiverem bem feitas, oferecem suporte offline (ou seja, podem ser usadas mesmo quando não há ligação à Internet)).
A programação para dispositivos móveis tem algumas desvantagens:
- ecrã mais pequeno
- menor capacidade de memória
- menor velocidade de processamento
- menor capacidade de "disco"
Mas, oferece também algumas vantagens:
- permite tirar proveito de um ecrã táctil
- tirar proveito de GPS
- tirar proveito do acelerómetro
- permite acesso em qualquer local
- ...
- sensor de luminosidade
- sensor de proximidade
- bússola dígital
Exemplos simples de programação para dispositivos móveis:
- Primeira Aplicação para o Windows Phone
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